quarta-feira, 30 de abril de 2025

Concurso Literário Dr. João de Barros

 Aluna Premiada 

 Categoria B (3.º Ciclo):

 Maria Rico Vieira – n.º 15, turma 9.ºA, Escola Básica João de Barros


Será que eu sobrevivia a um tsunami de emoções?

As emoções são intensas, imprevisíveis e, por vezes, saem de controlo, assim como o mar. Na nossa cabeça, podemos sentir e pensar imensas coisas, como se cada tom de azul do mar fosse uma emoção diferente. O mar é imenso e muitas pessoas acabam por se perder na sua grandiosidade, assim como pode acontecer na confusão da nossa mente.

Às vezes, a maré está baixa, a água transparente e a calma e a tranquilidade invadem-nos, dando-nos oportunidade de relaxar e pensar em coisas boas. Outras vezes, a maré está alta, a água escura, as ondas grandes e agitadas, e o medo consome-nos e faz-nos pensar e repensar nas coisas más da vida, e, de repente, estamos repletos de “e se?”. E, quando achamos que tudo acalmou, de repente vem um tsunami de sentimentos, cheio de ansiedade, cansaço, depressão e tristeza que transbordam (para fora de nós), por vezes atingindo as pessoas que nos rodeiam.

Depois do grande desastre há grande destruição, mas certamente virão dias de paz e calmaria e, com um pedido de ajuda, alguém poderá fazer-nos emergir. Não podemos deixar que os julgamentos, opiniões e problemas dos outros matem a vida, a alegria e a magia que há em nós e, sempre que se atravessar um obstáculo, devemos arranjar maneira de dar a volta e seguir o nosso caminho.

A relação que nós temos com o mar é muito semelhante à que temos com as emoções. Quando somos pequeninos, vemos o mar como algo assustador, porque ele é mais forte do que nós e ainda não o sabemos enfrentar... mas, à medida que vamos crescendo, percebemos que há muita magia dentro do mar (afinal, o mar só nos dá medo porque não o conhecemos totalmente) e apenas temos de estar calmos, seguros e confiantes de nós mesmos. Se, por acaso, o medo e a ansiedade atacarem, temos sempre a mão da nossa família e amigos para segurar antes de mergulhar.

 

 

Lurdes Alexandra Carvalho

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