terça-feira, 30 de abril de 2024

Comemorações do Cinquentenário do 25 de abril


Testemunho de abril

No âmbito das Comemorações do Cinquentenário do 25 de abril, esteve presente na Biblioteca Escolar José Filipe Fernandes para partilhar as suas memórias sobre a Revolução dos Cravos.

As turmas do 9.º A e B participaram nesta atividade, tendo a oportunidade de ouvir o testemunho de como um ex aluno da Escola Básica João de Barros, na altura a frequentar o 2.º ciclo, viveu o 25 de abril.

Agradecemos a todos a disponibilidade  demonstrada.

Esta atividade decorreu em articulação com o Departamento de Ciência Sociais e Humanas.









Concurso Literário Dr. João de Barros

 1.º Prémio Escalão A

Matilde Pascoal, n.º 21, 5.º1 - Escola Básica João de Barros


Uma Viagem no Tempo

 

Numa manhã chuvosa de domingo, no mês de fevereiro, fui com os meus país e irmão visitar um museu novo que tinha aberto na nossa cidade. Entrámos no carro e após uma viagem de 20 minutos lá chegámos ao tal museu, tão falado pela cidade. Como era um local novo e que anunciava uma atração fantástica, estavam imensas pessoas à nossa frente. Quase me apeteceu desistir! Mas quando vi o cartaz que falava na existência de uma máquina do tempo, no final da visita, fiquei entusiasmadíssima.

Percorremos todo o museu acompanhados pela guia que nos ia explicando tudo o que estava exposto. Quando chegámos à última sala lá estava ela, a tão desejada máquina do tempo. A guia carregou num botão e abriram-se umas enormes portas metálicas as quais atravessámos, entrando num espaço quadrado cheio de espelhos, botões, alavancas e colunas. Assim que as portas se fecharam soou uma voz pesada perguntando qual o destino pretendido.

Estava bastante indecisa, pois não sabia muito bem se devia ir ao passado ou ao futuro. No entanto comecei a pensar que indo ao futuro poderia já não encontrar pessoas de quem gosto. E se os meus pais tivessem morrido? E se eu estivesse doente? Aí não, prefiro não saber isso, pelo que me decidi em transportar até  ao passado. Então respondi meio a tremelicar, que queria ir para o passado. A voz voltou a suar dizendo para apertar o botão verde, o qual correspondia ao passado. Subitamente, ouviram-se uns barulhos dentro da máquina. Parecia os motores de um avião a descolar. Fiquei um pouco assustada e agarrei a mão da minha mãe com força. Passados breves instantes o chão da máquina do tempo abriu-se e caímos num local que me era totalmente estranho. Um enorme campo verde com meia dúzia de casa, onde apenas se viam alguns animais a pastar, crianças a brincar na rua com cães ou gatos.

Não havia prédios, não havia carros nem estradas, apenas uma enorme planície a perder de vista. Aqui e ali uma pequena construção semelhante a pequenas cabanas. Começámos a andar, um pouco perdidos no meio do nada sem saber muito bem para onde ir. De repente, bem à nossa frente começa a surgir um enorme edifício de pedra cinzenta. Uau, era um castelo! Como assim? Tínhamos ido para um passado muito antigo? Isso era fantástico! Sempre quis saber como era a vida nesse tempo, o que se fazia nos castelos, quais as roupas que vestiam, estava bastante empolgada.

Corremos até ao portão principal e procurámos o guarda, para saber onde estávamos, quem era o dono daquele enorme castelo e se podíamos entrar. Quando lá chegámos, inexplicavelmente parecia que o guarda nos conhecia e que estava à nossa espera pois, assim que nos avistou disse para entrarmos, pois, sua majestade estava à nossa espera para o jantar.

Lá fomos nós acompanhados por um outro guarda até uma sala gigantesca com enormes quadros pintados nas paredes, cadeiras com costas altas, uma mesa comprida cheia de comida, iluminada por castiçais com velas. Ao fundo da sala havia umas portas duplas de madeira com ar pesado que chegavam quase até ao teto. Quando estas se abriram surgiu sua majestade o rei. Este convidou-nos a sentar e a contar o que estávamos lá a fazer e porque andávamos com roupas estranhas. Contei que entrámos numa máquina do tempo que nos levou ao passado e que vínhamos de 2024. Ficou impressionado quando lhe falei de como era Portugal em que eu vivia. Onde havia estradas que nos permitia ir de norte a sul em pouco tempo. Aviões que nos levavam em horas ao outro lado do mundo, onde os seus marinheiros levavam meses a chegar. Telemóveis para comunicarmos com as pessoas a qualquer hora e em qualquer lugar, enfim todas as comodidades modernas que temos.

Depois do comermos fomos convidados a visitar todo o castelo. Adorei todas as divisões, majestosas e imponentes com tetos altos cheios de pinturas. Janelas sem conta para todos os lados do castelo. Bem, a parte das casas de banho não me agradou muito, mas avancemos essa parte. Durante a visita cruzamos com alguns criados que tratavam do castelo. Quando espreitei pela janela vi uma carruagem a aproximar-se do portão do castelo.

Fomos convidados para um baile que ia decorrer no início da noite no salão principal. Para tal, teríamos de vestir roupas adequadas à época, as quais já estavam num quarto a nossa espera, juntamente com a ama que nos ajudaria a vestir. Enfiei-me a muito custo num daqueles vestidos com tecido que dava para fazer cinquenta. Veste saia em cima de saia, aperta fitas, mal me conseguia mexer. Já para não falar dos sapatos que me ficavam apertadíssimos. Coitadas das rainhas e das princesas sempre assim vestidas. Mas, quando me vi ao espelho até gostei do resultado.

Desci a escadaria, com um terrível medo de cair. No salão do baile estavam imensas pessoas que não conhecia, mas imagino que fossem pessoas importantes. Dancei e diverti-me imenso durante a noite. No final da festa fui para um dos quartos do castelo descansar.

Devo ter dormido por horas seguidas. Quando me voltei-me na cama e abri os olhos, o sol já espreitava pela janela. Meio confusa percebo que estava no conforto da minha cama, rodeada de tudo o que me era familiar. Afinal, tudo tinha sido um bonito sonho que me levou ao passado.

 

Sonhadora

Concurso Literário Dr. João de Barros

 1.ª Menção Honrosa Escalão A

Beatriz Carvalho Pinto, n.º 4, 5.º 2 - Escola Básica João de Barros


VIAGEM AO PASSADO PARA PREPARAR O FUTURO

 
Ter 10 anos nunca foi tão bom, dominamos e utilizamos tecnologia que ainda há 10 anos só estava ao alcance de alguns cientistas.
Eu tinha duas mãos, mas agora uma está sempre ocupada com o meu smartphone de última geração, que em geral está emparelhado com o computador pessoal lá de casa.
Posso fazer tudo, ter aulas virtuais sem ter que ir à escola, fazer testes e exames que os meus professores me mandam e ver as notas no site da escola. Falo com os meus amigos por WhatsApp, sei o que eles gostam e o que os preocupa pelo Facebook, sei da vida dos meus ídolos e viajo sem sair de casa no Instagram e outros sites. Aprendo a fazer coisas no Youtube, jogo com os meus colegas na consola da PlayStation em rede, ouço a melhor música à escolha sem ir a concertos, encomendo um hambúrguer ou uma pizza da Huber Eats, um livro ou uma roupa da Amazon, se a minha mãe lá tiver o cartão de crédito. E posso fazer isto tudo sem sair do meu quarto.
Nem sei como é que os miúdos mais velhos, agora com mais 20 anos, conseguiam viver.
Tinham que ir para a escola todos os dias, brincavam uns com os outros ao frio, à chuva, ou ao sol, faziam jogos antigos, jogavam à bola e ficavam cansados e a suar, andavam de bicicleta, iam comer ao McDonald’s em grupo, tudo o que aprendiam era em livros e o único écran que viam era a televisão com o resto da família. Sem phones nas orelhas, ouviam tudo o que lhes diziam sem ser preciso gritarmos e para verem um filme tinham que ir ao cinema, era todo um programa social. As mães deles não sabiam sempre onde eles estavam, pois sem o telemóvel quitado, não havia maneira de localizarem os filhos.
Apesar de viverem na pré-história, a coisa lá ia resultando, o que aprendiam na escola ficava-lhes na cabeça (a única base de dados que conheciam), tinham que escrever sem erros porque as folhas do caderno não tinham corretor, e faziam os exames presenciais e, ao que ouvi dizer, safavam-se melhor do que nós agora.
Talvez não fosse tão mau e devêssemos fazer a experiência, a verdadeira viagem ao passado, ou seja, desligar todos os nossos gadgets eletrónicos por uma semana e ver como sobrevivemos.
Pode ser uma viagem útil no futuro, o mundo está perigoso, o hacker de um país malvado pode bloquear todos os nossos programas ou aplicações, ou introduzir no Youtube, ou no meu mail informação falsa sem eu perceber que não é verdadeira, outro país em guerra
Viagem ao passado para preparar o futuro, pode cortar os cabos submarinos que são o veículo da internet e num instante lá se vai o meu admirável mundo novo.
Cientistas de várias universidades demonstraram que muito tempo de écran prejudica o desenvolvimento intelectual de uma criança e prejudica a sua capacidade de interagir com outras crianças, e de se desenvolver como ser humano. Vai formatar o que todos aprendem, e aprendem todos o mesmo, da mesma maneira e só aquilo que eles querem que nós aprendamos, seja verdadeiro, ou falso. Estamos, portanto, expostos a todo o tipo
de pirataria.
O que proponho é uma viagem ao passado, diária, ou semanal, com tempo
pré-determinado com o telemóvel desligado, sem acesso a redes sociais, a aprender em livros que os nossos pais, amigos, ou professores recomendam e discuti-los em grupo com os colegas.
Sair para a rua, brincar com os amigos, ajudar a família nas tarefas de casa e guardar o momento para usar os equipamentos para estudar, ajudar os outros e fazer-nos úteis.
O futuro nunca volta para trás, o crescimento não se pode nem se deve parar e o passado nunca se repete, mas nesta viagem no tempo ao passado, o que aprendermos sobre a arte de viver, vai ajudar-nos a moldar um futuro diferente e melhor. Não há outra forma de sermos donos do nosso destino.
 

                                                                                                                 Pintinho


Concurso Literário Dr. João de Barros

2.ª  Menção Honrosa Escalão A 

Maria Cosme Rodrigues, n.º 18, 5.º1 - Escola Básica João de Barros


Uma viagem no tempo


Eu moro numa pequena cidade chamada Alegrolândia. Eu sou muito curiosa e tenho

um fascínio especial por histórias antigas. O meu maior sonho era viajar no tempo para descobrir como era a vida no passado.

Um dia, enquanto explorava o sótão empoeirado da minha avó, encontrei um objeto

misterioso - uma máquina do tempo! Ao tocar-lhe, fui envolvida por uma luz brilhante e,de repente, fui transportada para um lugar completamente diferente.

Fiquei confusa...

Confusa e desorientada, percebi que estava no meio de uma aldeia medieval, com

cavaleiros e castelos enormes erguidos ao meu redor. Fascinada com esta visão,

mergulhei no ambiente da época, absorvendo cada detalhe da vida quotidiana daquele

período distante. No entanto, logo me dei conta de que estava um tanto perdida naquele cenário incrível.

Foi então que de repente avistei D. Afonso Henriques, o próprio fundador do reino de

Portugal. Surpreendentemente, ele não parecia chocado com a minha presença, mas

sim curioso com a ideia de conhecer uma viajante do futuro.

Iniciamos uma caminhada juntos, explorando o Reino de Portugal, enquanto eu lhe

contava histórias sobre o futuro da nação. Ao mesmo tempo, aprendia com ele as

estratégias de guerra e os segredos da política da época. Juntos, enfrentamos desafios emocionantes, como proteger o reino das invasões dos mouros e explorar terras desconhecidas em busca de aliados e recursos. Foi uma experiência incrível, porque vi a história a ser feita na primeira pessoa e consegui contribuir e ajudar o nosso lendário líder a realizar os seus sonhos.

Enquanto desfrutávamos das aventuras, a máquina do tempo começou a comportarse

de forma estranha, emitindo sinais de que o tempo naquele lugar estava a esgotarse

rapidamente. Percebi que precisava de voltar à minha época antes que fosse tarde

demais. No momento em que a máquina do tempo estava prestes a levar-me de volta

para casa, olhei ao redor com uma mistura de tristeza e gratidão e despedi-me de D.

Afonso Henriques com uma lágrima no canto do olho.

Apesar do breve período no passado, sabia que tinha aprendido várias lições

valiosas durante esta aventura maravilhosa.

De regresso à minha cidade, Alegrolândia, trazia comigo memórias incríveis!

Apesar de retomar a minha vida habitual, não conseguia esquecer a emocionante

viagem ao passado. Ao lado de D. Afonso Henriques, vivi uma aventura emocionante

que parecia saída diretamente dos livros de história!

Foi uma experiência que mudou a minha forma de ver o mundo!

Trabalho realizado por: Marinucky Mocc

Concurso Literário Dr. João de Barros

Escalão B -  1.º Prémio

Bárbara Chouco Neto, n.º3, 9.ºA - Escola Básica João de Barros


Uma viagem no tempo – A Saudade

 

Sinto-me só. Estou sentado à beira de um íngreme precipício, onde ao longe, o mar ruge contra os rochedos. Comigo está também a saudade, um sentimento que me abraça e transborda o meu coração. Ela puxa-me para o vazio, para o nada, e sinto-me tentado a dar um passo em frente. Ouço um ruído, viro-me para trás e vejo a pessoa por quem este sentimento bate.

Observo o meu querido irmão e não me permito deixar de o admirar.  Os seus cabelos louros brilham com os raios de sol e os seus olhos relembram-me as nossas memórias de infância, até ao momento em que ele partiu e uma parte de mim foi levada. Levanto-me e aproximo-me dele. Toco nas suas mãos suaves e a saudade desaparece.

Num instante, viajamos pela nossa infância e recordamos momentos em que a alegria se juntava a nós. Viajamos pelas memórias felizes quando andávamos de bicicleta, brincávamos de super-heróis e ríamos, ríamos e ríamos… Viajamos também pelas memórias menos felizes, mas que, por serem memórias, tornam-se felizes! Sobrevoamos a memória que mais temo e que me deixou uma profunda cicatriz, o dia em que o meu irmão me deixou sozinho neste mundo. Voltamos para o dia do acidente automóvel e deixo escapar um grito desesperado.

Regresso ao presente com a respiração acelerada e com uma lágrima a escorrer-me pelo rosto. O meu irmão limpa-ma, sorri e diz:

- Não podes ficar preso no passado para sempre. Um passo em frente do outro! A saudade estará sempre atrás de ti, mas não lhe podes oferecer a tua vida. Vive o presente e sei que o futuro te trará os melhores momentos. Eu acompanhar-te-ei sempre, não desistas! Eu amo-te e tenho muito orgulho em ti!

E assim, num abraço profundo, o meu irmão desvaneceu e deparei-me a abraçar o vazio. Olhei para o céu azul e sorri. O sol tudo iluminou! Tenho a certeza que foi uma resposta do meu irmão!


Jasmine Ibrahim 

 

Concurso Literário Dr. João de Barros

 1.ª Menção Honrosa Escalão B

Luís Figueiredo, n.º13, 9.º A - Escola Básica João de Barros


Uma Viagem no Tempo

 

   Tinha eu sessenta e quatro anos quando numa eterna tarde de verão que não parecia ter fim, decidi ir vasculhar e perscrutar o sótão sujo, feio e desorganizado que havia sido ignorado pelas últimas cinco décadas. Sabia que lá encontraria relíquias e posses minhas do passado, pérolas da minha juventude, memórias da minha infância…

   Comecei pelo início, onde tudo começou, no infantário que tão solenemente e de braços abertos me aceitou na sua família. Encontrei fotografias e desenhos dessa altura e só pensava “Ai tão fofo que eu era”. Eram estes os tempos de ouro, eram estes os tempos onde tudo e nada interessava, eram estes os tempos que eu inevitavelmente sentiria falta no futuro do quão inocentes e felizes eram…

   Mas eu vivia sem saber, passei anos e anos ignorando o que sentia, não falava com ninguém, esperava que um dia tudo se resolvesse sozinho. Quando dei por mim, já estava na minha adolescência, vi a mera quantidade de prémios, lembranças e conquistas e, num ápice, os meus olhos abriam e reluziam, como se tivesse viajado no tempo. Na verdade, nunca me havia ocorrido que tivesse tido uma juventude com tal qualidade e felicidade, o que antes era um jovem contente, saudável e inteligente, agora era só um saco de ossos e carne juntos, prontos para desistirem e avançar para a próxima vida

   Essa noite, enquanto dormia na minha cama esfarrapada, sonhava com os tempos antigos da minha adolescência, lembrava-me dos meus amores, lembrava-me das vezes que iria a outros países representar Portugal com a seleção nacional, lembrava-me das boas notas que tinha e das doces (ou amargas) professoras que me aturaram tantos anos. Lembrava-me de chegar a casa e poder abraçar os meus pais e mostrar-lhes o meu amor por eles (enquanto eram vivos). Subitamente, lembrava-me de tudo. Sentia e revivia estes momentos meio século depois, era como se tivesse renascido…

   Apenas no final deste episódio é que fiquei a saber o real significado e poder das memórias. Estas são uma ponte entre o passado e o presente, algo que nos torna viajantes no tempo, algo que nos lembra quem éramos, somos, e vamos ser…

 

 

                                                                                                   L.F. Camões 


Concurso Literário Dr. João de Barros

 2.ª Menção Honrosa Escalão B

Lara Abreu, n.º 12, 8.ºA - Escola Básica João de Barros


Uma viagem no tempo

 

     Era um domingo chuvoso, e eu estava na antiga casa da minha avó. Estava de luto, pois ela tinha falecido há duas semanas. Sentia um vazio inexplicável dentro de mim, sentia-me totalmente perdida sem ela. A única coisa que me restava eram memórias. Então, em busca de me sentir um bocadinho melhor, fui até ao quarto dela e abri uma gaveta com um ar de velha e cheia de pó. Enquanto mexia nas suas coisas, deparei-me com um colar muito bonito: era um colar que a minha avó usava e eu nunca a via sem ele. Então, eu decidi pôr o colar, apenas para ver como me ficava, e olhei para o espelho rústico e antigo da minha avó. “Como eu gostava de voltar atrás no tempo, para poder reviver alguns momentos contigo” - comentei em voz alta.

     De repente, começo a ter fortes tonturas e dores de cabeça. Então,deitei-me na antiga cama da minha avó, para poder descansar um pouco. Acordei, momentos, muito atordoada e levantei-me rapidamente. O quarto que, antes estava sujo e velho, estava agora limpo e com um ar de novo, e, da cozinha, vinha um cheiro a maçã e canela, exatamente o cheiro da tarte que a minha avó fez para mim desde sempre. Não resistindo ao cheiro, fui até à cozinha, ainda meio tonta, e vi a minha avó com aquele seu sorriso contagiante, a fazer a sua tarte que ela fazia sempre em domingos chuvosos. Ela olha para mim e diz: “Estás à espera de quê? Anda ajudar-me!” Então, sem pensar duas vezes, fui ajudá-la. Depois de passar a tarde a cozinhar, ela pega nas telas de pintura que ela comprou na sua viagem ao Japão, e nas tintas. Nós tínhamos esse costume, todos os fins de semana nós pintávamos juntas. Enquanto ela me ensinava uma nova técnica, ela virava-se para mim, com um sorriso e dizia “Quando tiveres saudades minhas outra vez, não te preocupes, porque eu vou estar sempre a olhar por ti”.

     Então, eu acordei, muito mais reconfortada. É claro que eu queria que ela estivesse cá, mas agora pude aproveitar mais momentos com ela.

 


Concha Camilo Belmonte




segunda-feira, 29 de abril de 2024

Comemorações do Cinquentenário do 25 de abril

No âmbito da celebração dos 50 anos do 25 de abril de 1974, a Biblioteca Escolar embelezou o espaço dando   destaque a cartazes, livros, fotografias materiais de natureza diversa que têm como tema central os acontecimentos de 1974.







Comemoração do cinquentenário do 25 de abril - Falar de abril

 No âmbito das Comemorações do Cinquentenário do 25 de abril, esteve presente na Biblioteca Escolar, Odília Agostinho, elemento da Biblioteca  Pública Municipal  Pedro Fernandes Tomás.

A falar de abril com Odília estiveram presentes os alunos do 5.º 1 e a docente Paula Lobo.

Foram abordados vários  temas, entre os quais: a liberdade de expressão, os direitos das mulheres, educação, igualdade no trabalho, etc.

Os alunos puderam ver e manusear textos, revistas, jornais e livros censurados, que fazem parte do arquivo da Biblioteca Municipal.

Foi uma atividade interativa muito interessante,com um diálogo aberto em que todos interagiram entre si.

















Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor - 23 de abril

 Para assinalar o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, a Biblioteca Escolar organizou uma Mostra de Livros Pop-up.

 Estes livros, oferecendo uma experiência de Leitura interativa e tridimensional, têm o potencial de cativar leitores de todas as idades.

Pretendemos estimular a compreensão e o interesse pela Leitura, recriando a necessidade do livro como objeto físico estabelecendo uma boa conexão entre comunicação e arte.

Fez também parte desta exposição um cartaz com perguntas e respostas sobre os Direitos de Autor.

A Biblioteca Escolar agradece à docente Ana Paula Almeida e à assistente operacional Paula Robalo a disponibilidade e amabilidade pelo empréstimo de exemplares para a exposição.